A Venezuela criticou duramente o bloqueio imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a petroleiros sancionados que entram e saem do país nesta terça-feira (16), classificando-o como uma “ameaça grotesca”.
“O presidente dos EUA busca impor, de maneira absolutamente irracional, um suposto bloqueio naval militar à Venezuela com o objetivo de roubar as riquezas que pertencem à nossa pátria”, afirmou um comunicado do governo venezuelano.
Em comunicado oficial, Caracas afirmou que os Estados Unidos estavam “violando o direito internacional, o livre comércio e a livre navegação” e que isso constituía uma “ameaça grave e temerária” contra a Venezuela.
“Apelamos ao povo dos Estados Unidos e aos povos do mundo para que rejeitem esta ameaça extravagante por todos os meios”, acrescentou.
Mais cedo, o presidente americano, Donald Trump, ordenou um “bloqueio total e completo” de petroleiros sujeitos a sanções que chegam e partem do país sul-americano.
“A Venezuela está completamente cercada pela maior armada já reunida na história da América do Sul. Ela só vai crescer, e o impacto sobre eles será algo nunca visto antes — até que devolvam aos Estados Unidos todo o petróleo, terras e outros bens que nos roubaram”, disse ele em uma publicação no Truth Social.
Escalada de tensões
A publicação do presidente americano acontece uma semana depois de os EUA terem apreendido um petroleiro sujeito a sanções na costa da Venezuela, o passo mais recente em uma campanha de pressão sobre o governo de Maduro, a quem Trump culpa pela entrada de drogas nos EUA.
A campanha de Trump incluiu uma presença militar reforçada na região e mais de duas dezenas de ataques militares contra embarcações no Oceano Pacífico e no Mar do Caribe, perto da Venezuela, que mataram pelo menos 90 pessoas.
O presidente americano também afirmou que os ataques terrestres dos EUA contra o país sul-americano começarão em breve.
Fonte: CNN BRASIL