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STF forma maioria e mantém Sergio Moro réu

Neste sábado (4), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria e manteve o senador Sergio Moro (União-PR) réu na ação por suposta calúnia contra o ministro do STF Gilmar Mendes. Em plenário virtual, Flávio Dino votou com a ministra-relatora, Cármen Lúcia, e com Alexandre de Moraes.

Na sexta-feira, em voto no plenário virtual, a relatora do caso, ministra Cármen Lúcia, rejeitou o recurso e foi acompanhada pelo ministro Alexandre de Moraes. Apesar de já ter formado maioria, o julgamento ainda terá votos dos demais integrantes da Primeira Turma do STF, os ministros Luiz Fux e Cristiano Zanin, ex-advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando Moro era juiz da Lava Jato.

O recurso apresentado pela defesa de Moro questionou a decisão da Primeira Turma que tornou Moro réu, afirmando que ele não tinha objetivo de ofender Gilmar Mendes e que a fala ocorreu em tom de brincadeira. Em seu voto, Cármen Lúcia argumentou que “não há omissão a ser sanada” nos embargos apresentados.

“O exame da petição recursal é suficiente para constatar não se pretender provocar o esclarecimento de ponto obscuro, omisso ou contraditório ou corrigir erro material, mas somente modificar o conteúdo do julgado, para fazer prevalecer a tese do embargante”, afirmou a ministra-relatora.

A Gazeta do Povo tentou contato com o senador Sergio Moro, que preferiu não se manifestar.

Defesa de Sergio Moro pediu absolvição por “piada infeliz”

Em abril de 2023, durante uma festa junina, o senador Sergio Moro foi filmado durante uma conversa dizendo que seria possível “comprar um habeas corpus de Gilmar Mendes”, se referindo ao ministro do STF. O vídeo ganhou repercussão nacional rapidamente.

Na sequência, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o parlamentar ao STF por suposta calúnia contra o ministro Gilmar Mendes. Em junho do ano passado, a Primeira Turma da Suprema Corta acatou a denúncia e tornou Moro réu.

Na época, o ex-juiz da Lava Jato argumentou que a gravação não continha acusações contra ninguém e que o conteúdo foi retirado do contexto. Durante a defesa preliminar no STF, o advogado de Moro, Luiz Felipe Cunha, afirmou que se tratou de uma “piada infeliz”. “Por essa razão, o requerimento que se faz é de absolvição sumária de Sergio Moro”, pediu.

A PGR, entretanto, afirmou que o senador agiu com “ânimo caluniador” e buscou descredibilizar o STF. Além disso, a PGR disse que as declarações tiveram alcance nacional e a retratação feita por Moro não foi completa.

Fonte: Gazeta do Povo

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