HomeNotíciasSenadores brasileiros recebem aceno e avaliam nova missão aos EUA

Senadores brasileiros recebem aceno e avaliam nova missão aos EUA

Enquanto os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump se aproximam, senadores brasileiros avaliam uma nova missão para Washington em novembro — desta vez, com agenda que inclua a cúpula dos republicanos no Capitólio.

O caminho para esse diálogo já tem sido pavimentado e ganhou tração logo depois do aceno feito por Trump a Lula, em seu discurso na sede da ONU, em Nova York.

Na primeira ida à capital americana, em julho, o grupo de senadores brasileiros teve imensa dificuldade em estabelecer contato com os gabinetes de congressistas do Partido Republicano.

Há duas semanas, dois assessores parlamentares americanos estiveram em Brasília e foram ao Senado, onde se reuniram com funcionários da Comissão de Relações Exteriores. Eles conversaram também com o presidente do colegiado, Nelsinho Trad (PSD-MS), e deixaram claro que o ambiente está mais propício para conversas.

Os dois assessores representavam os senadores Pete Ricketts (Republicano-Nebraska) e Jeanne Shaheen (Democrata-New Hampshire), ambos da comissão homóloga nos Estados Unidos, que disseram estar abertos a recebê-los em Washington.

Os assessores estavam acompanhados de diplomatas da embaixada americana em Brasília. Segundo relatos, a conversa fluiu tão bem que eles saíram atrasados e perderam o voo para São Paulo, onde continuariam a viagem.

De acordo com um dos presentes, em nenhum momento houve referências ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao julgamento dele no STF (Supremo Tribunal Federal).

Os dois assessores perguntaram muito sobre o risco de aumento da influência chinesa no Brasil e na América Latina, sobre as tensões na Venezuela e sobre o crescimento do crime organizado transnacional.

Um comentário da dupla americana chamou a atenção dos participantes do encontro: a ideia de aproveitar uma nova missão de senadores a Washington para criar um diálogo permanente, uma espécie de grupo parlamentar Brasil-Estados Unidos, diante da avaliação de que “não nos preparamos adequadamente para quando as coisas saem dos trilhos”.

A conversa animou senadores como Carlos Viana (Podemos-MG), Marcos Pontes (PL-SP), Tereza Cristina (PP-MS) e Esperidião Amin (PP-SC) a pensar mais objetivamente em uma segunda ida para os Estados Unidos — se a crise envolvendo o “shutdown” já tiver sido superado e não atrapalhar o planejamento.

Uma preocupação deles, conforme ouviu a CNN em caráter reservado, é ajudar setores com menos lobby na negociação do tarifaço de Trump.

Na avaliação de um interlocutor, algumas empresas brasileiras ou segmentos inteiros têm conseguido defender seus argumentos em Washington, graças à contratação de advogados e consultores.

Outros, no entanto, carecem do mesmo poder de fogo para exercer esses lobbies e precisariam do apoio de parlamentares brasileiros na aproximação.

Fonte: CNN BRASIL

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