Em Jaguarari, um imóvel ligado ao vereador foi alvo de mandado de busca e apreensão, resultando na localização de celulares e documentos. –
O vereador Marcos Araújo da Silva (PSB), conhecido como Marcão da Pipa, do município de Jaguarari, na Bahia, foi preso, nesta quinta-feira, 4. Ele é acusado de integrar uma organização criminosa responsável por esquema que movimentou mais de R$ 4 bilhões.
Uma fonte confirmou a identidade do vereador com exclusividade ao portal A TARDE. Em Jaguarari, um imóvel ligado ao vereador foi alvo de mandado de busca e apreensão, resultando na localização de celulares e documentos.
Tudo sobre Política em primeira mão!
A prisão integrou a operação “Anátema: Fase 2”, deflagrada pela Polícia Civil.
Outros cinco suspeitos foram presos durante a ação. Os mandados de prisão de busca foram cumpridos na Bahia, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina. No estado baiano, a operação ocorreu em Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Feira de Santana e Santo Estêvão.
As diligências continuam para o cumprimento das ordens judiciais restantes. Marcão da Pipa será encaminhado ao presídio, onde fica à disposição da justiça.
No mês de setembro o vereador foi alvo da Operação Anátema, que teve andamento e mobilizou equipes nos estados da Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná.
Leia Também:
Outro vereador baiano foi preso em setembro
Na primeira fase, o vereador Ailton Leal, do Partido dos Trabalhadores (PT) de Santo Estevão, foi preso. De acordo com informações da Polícia Civil, o político seria dono de um posto de combustíveis usado como instrumento de lavagem de capitais.
No local, foram apreendidos cerca de R$ 18 mil em espécie, cheques, contratos, armas, veículos e documentos, além da constatação de indícios de sonegação fiscal, que serão apurados pela Secretaria da Fazenda (Sefaz).
Ailton Leal é irmão de um traficante de alta periculosidade morto em confronto com a polícia em 2017. Nas eleições municipais de 2024, ele obteve 963 votos para o cargo de vereador.
Vazamento de informações
De acordo com o diretor do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DRACO), delegado Fábio Lordello, a deflagração desta fase precisou ser antecipada após o vazamento de informações sigilosas em veículos de imprensa baianos, o que comprometeu as medidas planejadas.
Fonte: A Tarde