O ministro do Turismo, Celso Sabino, desabafou após o União Brasil — partido do qual é filiado — determinar a suspensão das atividades parlamentares dele por 60 dias, após se negar a deixar o governo Lula (PT). Ao lado do PP, o União tem pressionado para que os seus membros saiam da gestão por agora fazerem parte da oposição.
Sabino, no entanto, não cedeu a ameaça e decidiu ficar ao lado do presidente. “Eu acredito que ficou realmente insustentável minha permanência nesse partido, em virtude de tudo que vem acontecendo”, disse ele à CNN Brasil, na quarta-feira, 8.
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Ainda no dia de ontem, a Executiva Nacional do União Brasil aprovou uma intervenção no diretório da sigla no Pará, que estava sob comando de Sabino. O deputado licenciado reagiu: “Acredito que essa intervenção que teve no diretório estadual foi uma violação muito grande”, afirmou Sabino.
O Conselho de Ética do União Brasil acolheu um processo de expulsão de Sabino o qual terá 60 dias para deliberar. O prazo vai até 8 de dezembro. Depois, a Executiva Nacional também analisará o caso.
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Sobre a ação, Sabino disse que fará uma defesa de “peito aberto”, mas acredita não ter feito para merecer a expulsão da legenda. “Mas eu acredito que essa minha passagem política pelo partido União Brasil já deu o que tinha de dar”, disse Sabino.
Questionado quando sairia do partido, o ministro lembrou que a legislação eleitoral não permite que um parlamentar fique sem partido, a não ser que receba uma expulsão ou uma carta que permita que ele saia do partido. “A janela eleitoral para quem vai disputar as eleições no ano que vem abre no período de 6 meses antes das eleições”, afirmou.
Sabino havia colocado o cargo à disposição em setembro, mas aceitou o pedido de Lula para permanecer na função até concluir as entregas ligadas à COP30 (Conferência das Nações Unidas para a Mudança Climática), marcada para Belém em novembro.
Fonte: A Tarde