Bahia tinha o 2º maior contingente de pessoas com renda per capita de até 1/2 salário mínimo –
Quase metade da população baiana, cerca de 6.771.650 pessoas, tinha em 2022, um rendimento médio mensal domiciliar per capita de até 1/2 salário mínimo, o que equivalia a R$ 606 naquele ano. Esse valor está abaixo do valor que corresponde à linha de pobreza definida pelo Banco Mundial para países de renda média-alta, que era de R$ 636 em 2022.
Os dados sobre Trabalho e Rendimento foram divulgados nesta quinta-feira, 9, pelo Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O rendimento médio mensal domiciliar per capita é a renda total de um domicílio (incluindo salários, aposentadorias, programas sociais, aluguéis, aplicações financeiras etc.) dividida pelo número de moradores, tenham eles renda ou não. É um indicador utilizado internacionalmente para avaliar condições de vida e pobreza monetária.
Em 2022, Bahia tinha o 2º maior contingente de pessoas com renda per capita de até 1/2 salário mínimo, só atrás de São Paulo, com 8.914.848 pessoas.
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A proporção de pessoas que viviam com até 1/2 salário mínimo por mês na Bahia (48,0%) era a 11ª entre as 27 unidades da Federação, num ranking liderado por Amazonas (55,7%), Maranhão (54,8%) e Pará (51,8%). No Brasil como um todo, 31,8% da população (64.211.949 pessoas) tinham rendimento médio mensal domiciliar per capita de até 1/2 salário mínimo em 2022.
Municípios com renda de até ½ salário:
Em 2022, em 8 de cada 10 cidades baianas (317 das 417, ou 76,0% do total), mais da metade da população tinha renda per capita de até 1/2 salário mínimo.
- Abaré (BA) – R$ 600,78
- Malhada (BA) – R$ 586,10
- Ourolândia (BA) – R$ 583,09
- Santa Brígida (BA) – R$ 578,63
- Piraí do Norte (BA) – R$ 576,78
- Nordestina (BA) – R$ 571,72
- Rafael Jambeiro (BA) – R$ 562,90
- Ipecaetá (BA) – R$ 518,63
- Pilão Arcado (BA) – R$ 514,71
- Buritirama (BA) – R$ 511,72
Por outro lado, entre os estados brasileiros, a Bahia tinha a 6ª menor proporção de moradores com rendimento médio mensal domiciliar per capita acima de 5 salários mínimo (o que equivalia a mais de R$ 6.060 em 2022). Apenas 1,7% da população baiana estava nessa faixa de renda, o que equivalia a 237.077 pessoas, apenas o 9º maior contingente do país.
Dentre os 417 municípios baianos, apenas 40 (9,6%) tinham mais que 1,0% de sua população com rendimento médio domiciliar per capita acima de 5 salários mínimos por mês. Eram liderados por Lauro de Freitas (5,62% da população nessa situação), seguido por Salvador (5,19%) e Luís Eduardo Magalhães (3,09%):
Veja a lista das cidades com os maiores salários
- Lauro de Freitas (BA) – R$ 1.879,69;
- Salvador (BA) – R$ 1.770,35
- Luís Eduardo Magalhães (BA) – R$ 1.644,88
- Barreiras (BA) – R$ 1.339,99
- Vitória da Conquista (BA) – R$ 1.310,93
- Ilhéus (BA) – R$ 1.298,64
- Porto Seguro (BA) – R$ 1.293,05
- Itabuna (BA) – R$ 1.292,99
- Eunápolis (BA) – R$ 1.253,64
- Santo Antônio de Jesus (BA) – R$ 1.214,78
No outro extremo, em 26 cidades da Bahia, não havia uma pessoa sequer com rendimento domiciliar per capita acima de 5 salários mínimos. Só em 10 dos 417 municípios baianos o rendimento médio domiciliar per capita superava o salário mínimo em 2022
Além de ter parte expressiva de sua população vivendo numa faixa de renda abaixo de 1/2 salário mínimo, ou R$ 606, em 2022 a Bahia apresentava o 8º menor rendimento médio mensal domiciliar per capita dentre os estados: R$ 1.079,17.
O valor baiano era 34,1% inferior ao nacional (R$ 1.638,06) e ficava 11,0% abaixo do salário mínimo vigente naquele ano (que era de R$ 1.212,00).
Fonte: A Tarde