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Professora: Ação na Venezuela vai corromper objetivo de Nobel de Trump

A movimentação militar dos Estados Unidos no Caribe, com o desembarque de militares e equipamentos em Porto Rico na última sexta-feira (5), intensifica as tensões com a Venezuela. Entretanto, de acordo com a professora e doutora em Direito Internacional Priscila Caneparo no Agora CNN, uma intervenção militar direta no país sul-americano ainda é considerada pouco provável.

Caneparo explica que existem três principais possibilidades para o desenrolar da situação. A primeira seria os Estados Unidos apenas realizarem pressão com deslocamento de forças para o hemisfério sul-americano e Caribe, sem ações concretas. Essa hipótese, segundo a especialista, é pouco viável, pois enfraqueceria o governo Trump e fortaleceria Nicolás Maduro nessa “guerra retórica”.

A segunda possibilidade envolveria os Estados Unidos apoiarem movimentos internos de oposição na Venezuela para derrubar o governo. “Também acho pouco provável porque os Estados Unidos angariariam uma perspectiva de ter movimentos internos capazes de depor o governo. E a gente não observa esse movimento dentro da Venezuela”, explica a professora.

 

Negociações em andamento

A terceira e mais discutida possibilidade seria uma intervenção militar direta dos Estados Unidos em território venezuelano para afastar o regime de Maduro. Embora seja factível, a especialista considera essa ação pouco provável no curto prazo, pois ainda estão ocorrendo tratativas entre Trump e Maduro.

Caneparo lembra ainda que uma incursão americana vai de encontro aos objetivos pessoais do presidente americano. “Porque a gente tem que pensar que existe um objetivo pessoal do Trump de ganhar o Prêmio Nobel da Paz. E essa intervenção militar em solo venezuelano vai corromper essa possibilidade.”

Segundo a professora, “a estratégia americana deve se concentrar na apresentação de um plano para que Maduro deixe o poder, receba anistia e se transfira para um país onde tenha segurança, o que o líder venezuelano tem sido muito resistente nessa perspectiva”, indicando que as tensões devem continuar nos próximos dias enquanto as negociações prosseguem nos bastidores.

Fonte: CNN BRASIL

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