O setor de previdência complementar vai continuar a ser impactado pelas consequências do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em 2026, segundo o presidente da CNSeg (Confederação Nacional das Seguradoras), Dyogo Oliveira.
“As nossas projeções são bastante otimistas para 2026, estamos prevendo um crescimento de 8% para a parte de seguros, excetuando a parte de previdência complementar, porque a previdência ainda vai sofrer no próximo ano as consequências do aumento de IOF que foi feito este ano. Então a gente nem consegue estimar, na verdade, o tamanho deste impacto”, declarou ao CNN Money.
Em 2025, após a alta do IOF, a queda nos aportes de regimes previdenciários foi de 25%. Isso equivale a R$ 50 bilhões, segundo Oliveira.
No fim de 2024, a previsão de expansão do mercado segurador era de 10,1%. No entanto, em novembro a previsão passou para 1,9%, especialmente por conta da piora atribuída à cobrança do IOF em planos de previdência no regime VGBL e cortes na subvenção ao seguro rural.
O presidente da CNSeg explicou que muitos segurados que não seriam afetados pelo aumento da cobrança do IOF retiraram recursos por medo.
“Os aportes reduziram, e o VGBL, que não foi afetado pelo IOF, também teve queda de aportes. A comunicação [do governo] ficou truncada e as pessoas, receosas. As pessoas não sabem a diferença. Mesmo aquelas que não seriam afetadas pelo IOF acabaram recolhendo [os recursos] para ver o que aconteceria até o cenário se estabilizar”, afirmou em coletiva de imprensa.
“Segurança jurídica é fundamental para o crescimento do país, e isso não é só em questão de decisão judicial, mas tudo o que é produzido no âmbito jurídico”, concluiu.
Fonte: CNN BRASIL
