HomeNotíciasPF busca novas provas da fraude no INSS em 8 estados

PF busca novas provas da fraude no INSS em 8 estados

A Polícia Federal realiza nesta quinta (9) uma nova fase da Operação Sem Desconto, que apura o esquema de descontos indevidos de aposentados e pensionistas do INSS.

São cumpridos 66 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Sergipe, Amazonas, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia e no Distrito Federal. As primeiras informações apontam que os alvos são empresas responsáveis pela lavagem de dinheiro do esquema, mas os nomes não foram divulgados.

“A ação de hoje tem o objetivo de aprofundar as investigações e esclarecer a prática de crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”, disse a PF em nota.

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  • Escândalo do INSS: 70% das entidades com acordos pagaram operadores investigados

A nova fase da Operação Sem Desconto é realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e teve os mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O esquema de fraude no INSS causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões aos aposentados e pensionistas entre os anos de 2019 e 2024 através de entidades associativas que teriam realizado os descontos sem a autorização dos beneficiários. A primeira fase da operação, realizada em abril, levou à demissão do então presidente do órgão, Alessandro Steffanuto, e abriu uma crise no governo.

Já no mês passado, a PF prendeu Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, que seria um dos operadores do esquema, e o empresário Maurício Camisotti.

Longa investigação

Inquéritos conduzidos pela Polícia Federal (PF) em 13 estados e no Distrito Federal podem resultar no indiciamento de mais de 100 suspeitos de envolvimento direto e indireto na fraude bilionária na Previdência Social (INSS), segundo apurou a Gazeta do Povo. A polícia também tenta provar quanto dos cerca de R$ 6,3 bilhões repassados a sindicatos e associações das folhas de pagamento de aposentados e pensionistas são fruto de conduta criminosa.

O número de indiciamentos ainda pode aumentar conforme o andamento das investigações, que ainda não têm data para serem concluídas, segundo uma fonte da PF envolvida diretamente na investigação que pediu para não ter o nome revelado por tratar de questões sensíveis. A reportagem apurou que as investigações da polícia seguem em pelo menos três diferentes frentes:

  • Levantar provas contra os servidores e a antiga cúpula do INSS suspeitos de operacionalização e facilitação dos descontos
  • Descobrir quais os mecanismos usados para que a fraude fosse aplicada em massa contra milhões de beneficiários
  • Provar que dirigentes de associações e sindicatos e empresários receberam recursos furtados dos aposentados e tentar recuperá-los

A PF também quer identificar valores exatos desviados, tendo em vista que os R$ 6,3 bilhões levantados em uma investigação feita pela CGU correspondem ao valor total repassado entre 2019 a 2024 pelo INSS da folha de pagamento dos aposentados para sindicatos e associações. Não se sabe ainda quanto do montante corresponde a fraudes e quanto a operações legais.

Um levantamento feito por amostragem pela CGU apontou um índice de 97% de fraude, em que aposentados contatados em 1.300 entrevistas disseram não ter autorizado os débitos em suas contas.

Mais informações em instantes.

Fonte: Gazeta do Povo

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