Um grupo de embarcações que tentava entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza foi interceptado por forças israelenses em águas internacionais nesta quarta-feira (8), informou a coalizão por trás da missão. Essa foi a segunda interceptação desde a semana passada.
A FFC (Coalizão da Flotilha da Liberdade) é uma rede internacional de grupos ativistas pró-palestinos que organiza missões marítimas civis visando romper o bloqueio israelense a Gaza para entregar ajuda humanitária aos palestinos no território.
As embarcações e os passageiros da flotilha estavam seguros, haviam sido transferidos para um porto israelense e deveriam ser deportados imediatamente, informou o Ministério das Relações Exteriores de Israel em um comunicado na rede social X.
“Outra tentativa inútil de romper o bloqueio naval legal e entrar em uma zona de combate não resultou em nada”, afirmou o ministério.
Israel interrompeu o segundo evento do tipo nos últimos dias, depois que Israel interceptou cerca de 40 embarcações e deteve mais de 450 ativistas em um comboio de ajuda humanitária, a Flotilha Global Sumud, que também tentava entregar suprimentos a Gaza.
A FFC afirmou que as forças israelenses “sequestraram a frota humanitária”, acrescentando que os “navios foram interceptados ilegalmente… Participantes — humanitários, médicos e jornalistas de todo o mundo — foram levados contra sua vontade e estão sendo mantidos em condições desconhecidas”.
“O exército israelense não tem jurisdição legal sobre águas internacionais”, afirmou. “Nossa flotilha não representa nenhum perigo.”
Os navios transportavam ajuda no valor de mais de US$ 110 mil (aproximadamente R$ 589 mil) em medicamentos, equipamentos respiratórios e suprimentos nutricionais destinados aos hospitais de Gaza, que passam fome, acrescentou em sua conta da rede social Instagram.
As autoridades de Gaza afirmam que cerca de 67 mil pessoas foram mortas e o território palestino devastado pelos ataques israelenses desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Israel afirma que 1.200 pessoas foram mortas e 251 levadas para Gaza como reféns no ataque do Hamas.
Fonte: CNN BRASIL
