A Meta se manifestou após intensa cobrança da equipe de comunicação do PT –
A gigante de tecnologia Meta veio a público nesta quarta-feira, 10, para se desculpar por uma instabilidade técnica que afetou o sistema de buscas do Instagram, resultando no “sumiço” temporário de perfis de alto alcance, incluindo o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de outras figuras proeminentes do partido.
A Meta se manifestou após intensa cobrança da equipe de comunicação do Partido dos Trabalhadores (PT), que se reuniu com representantes da empresa nesta manhã para exigir explicações formais sobre a falha, conforme reportado pela coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.
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As queixas sobre a inacessibilidade das contas de políticos no buscador da plataforma começaram a surgir no início da semana.
Em nota oficial enviada ao Metrópoles, a empresa responsável pelo Instagram declarou: “Estamos cientes de que um problema técnico ocorrido hoje mais cedo afetou a capacidade das pessoas de buscar por contas no Instagram. O problema já foi resolvido e pedimos desculpas por qualquer inconveniente que isso possa ter causado.”
PT cobra posição e expressa desconfiança
Apesar do rápido posicionamento da Meta, a situação gerou um clima de tensão e desconfiança na cúpula petista. O secretário nacional de Comunicação do PT, Éden Valadares, confirmou a cobrança por clareza e transparência.
Segundo Valadares, os representantes da Meta alegaram que o problema era estritamente técnico e estava concentrado no sistema de buscas de contas, assegurando que o incidente não afetou exclusivamente políticos ligados à esquerda.
A empresa reforçou que uma ampla variedade de perfis, de políticos de diferentes espectros a páginas sem qualquer viés político. foi atingida. No entanto, a alegação não foi suficiente para dissipar as suspeitas do PT.
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Éden Valadares expressou publicamente a preocupação do partido. “A empresa alega um problema específico no sistema de buscas de contas do Instagram, e que isso não estaria afetando apenas deputados, senadores e lideranças da esquerda, mas também nomes da direita…,” disse Valadares.
“Disse a eles que, mais uma vez, fica a sensação de que a plataforma atua em benefício da direita, em detrimento do campo progressista. Não é a primeira vez que algo nesse sentido acontece,” completou o secretário.
O incidente levanta novamente o debate sobre a moderação de conteúdo e a neutralidade algorítmica das grandes plataformas de mídia social no Brasil, especialmente em relação a perfis e conteúdos de natureza política. A Meta, por sua vez, reitera que a falha foi global e não direcionada contra o campo progressista.
Fonte: A Tarde
