O pastor evangélico Silas Malafaia, aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), criticou os membros da direita devido às críticas sobre o recuo dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O líder religioso diz acreditar que há uma leitura equivocada sobre a suspensão da punição e a possível correlação com a aprovação da redução das penas para os envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro.
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“Agora vem a questão da suspensão da Magnitsky contra Alexandre de Moraes. Aí começa: ‘O documento americano é porque o Brasil fez redução de pena’. E vem gente da direita dizendo: ‘Tá vendo? Fizeram redução de pena e olha o que aconteceu’. Gente, o americano olha primeiro para o umbigo deles. Vamos parar com conversa fiada e com a ideia de que nossa esperança vem de fora”, disse Malafaia.
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O chamado PL da Dosimetria foi aprovado na Câmara dos Deputados na madrugada de quarta-feira, 10, e deve beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Agora, o projeto segue para análise dos senadores. A expectativa é que o documento seja votado no dia 17.
Malafaia ainda continuou o seu discurso afirmando que prefere “a liberdade de pessoas inocentes a uma vingança Magnitsky contra Alexandre de Moraes. Se esse é o motivo, maravilha. Porque, neste momento político, o máximo que se conseguia era redução de penas”.
PL da Dosimetria
Já era madrugada de quarta-feira, 10, quando a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei da Dosimetria, que na prática, reduz a pena dos envolvidos no golpe de Estado do 8 de janeiro de 2023.
A proposta beneficia diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — preso desde o dia 22 de novembro — em Brasília, e que agora, cumpre pena por liderar a trama golpista após as eleições de 2022.
Sessão teve expulsão, confusão e corte de transmissão
A sessão iniciada ainda na tarde de terça-feira, 9, foi marcada por uma série de turbulências, entre elas:
- A expulsão truculenta do deputado Glauber Braga (PSOL) da cadeira da Presidência;
- A expulsão dos jornalistas do plenário da Casa;
- O corte da transmissão da TV Câmara.
Os desagravos, contudo, não foram capazes de frear a votação da proposta, aprovada na calada da noite.
Fonte: A Tarde