HomeNotíciasJoão Rodrigues pretende desafiar a reeleição do governador de SC

João Rodrigues pretende desafiar a reeleição do governador de SC

O bom índice de aprovação da atual gestão do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) não intimida um prefeito do interior do estado a disputar votos ao Executivo em 2026. João Rodrigues (PSD), hoje em mandato do Executivo pela cidade de Chapecó — berço do agronegócio local e detentora de uma economia forte — não perdeu tempo: em março deste ano, lançou pré-candidatura ao governo do estado e quer chegar no próximo ano em uma disputa de igual para igual com o governador, que é um dos principais aliados da família Bolsonaro no estado.

Intitulando-se representante da “direita real”, João Rodrigues enaltece sua capacidade de governar e provoca Mello, ao dizer que tem maior volume de obras que o governador — e com a promessa de multiplicar sua forma de gestão aos quatro cantos do estado. Em entrevista à Gazeta do Povo, concedida no gabinete nele, em Chapecó, o prefeito defendeu que Santa Catarina precisa voltar a falar com Brasília (veja abaixo).

“Não se pode romper as relações com Brasília em razão de um processo ideológico ou de uma questão partidária”, afirmou. Mas ele faz um contraponto relevante e diz que ele e Mello não são inimigos. “Eu estou pautando aquilo que eu não concordo com a maneira de governar. A minha relação institucional com o governo é respeitosa”, salientou João Rodrigues.

Entre suas bandeiras, o prefeito de Chapecó comprou briga com o Ministério Público para a aplicação da internação involuntária, uma política específica à população de rua. Além disso, instalou câmeras de monitoramento nas unidades básicas de saúde do município para fiscalizar a demora no atendimento à população e possíveis falhas de conduta dos servidores públicos.

Durante uma capacitação municipal, João Rodrigues bateu de frente com professores alegando que não aceitaria “lavagem cerebral” e doutrinação dentro das salas de aula municipais e, recentemente, afastou um professor que mostrou a foto de um homem de tanga em uma aula de matemática. Posições contundentes do prefeito nas redes sociais dividem opiniões.

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João Rodrigues lançou pré-candidatura ao governo de SC com presença de Ratinho Junior

O lançamento da pré-candidatura de João Rodrigues contou com a presença do correligionário Ratinho Junior (PSD), governador do Paraná. A cerimônia de lançamento, que ocorreu no dia 22 de março, reuniu mais de 5 mil pessoas, segundo a organização. Entre elas estavam lideranças de vários partidos, incluindo MDB, PP, Novo, União Brasil e Democracia Cristã.

O governador do Paraná, Ratinho Junior, participou do lançamento da pré-campanha de João Rodrigues ao governo de SC, em março.O governador do Paraná, Ratinho Junior, participou do lançamento da pré-campanha de João Rodrigues ao governo de SC, em março. (Foto: Felipe Carneiro/PSD Santa Catarina)

Além de Ratinho Junior, marcaram presença o presidente do PSD em Santa Catarina, Eron Giordani, e o presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Júlio Garcia (PSD). A pré-candidatura de João Rodrigues ao governo catarinense foi reforçada durante o encontro estadual do PSD em Balneário Camboriú, nos dias 11 e 12 de setembro, com a presença do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab.

Ratinho Junior novamente compareceu, ao lado do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de outras lideranças políticas do partido. Kassab foi enfático ao afirmar que o candidato do PSD ao governo catarinense é João Rodrigues. “Ele reúne todas as qualidades que o estado precisa e conta com o apoio integral da direção nacional do PSD”, declarou.

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Entrevista da Gazeta do Povo com o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD)

Gazeta do Povo: O que motivou o senhor a se lançar candidato ao governo de Santa Catarina? E como que a sua experiência política lhe preparou para isso? 

João Rodrigues: A pré-candidatura ao governo é uma consequência do trabalho. A fila anda e tudo tem o seu momento. São dez eleições, são dez vitórias: federal, estadual, vice-prefeito, prefeito em Pinhalzinho, quatro mandatos em Chapecó. Acho que eu estou preparado para disputar o governo do estado. Até porque nós conseguimos elevar Chapecó a um patamar na economia nacional com alguns números importantes em saúde, educação, desenvolvimento, índice de qualidade de vida. Eu acho que a experiência me credencia a disputar a eleição do governo. Além disso, tem a questão da gestão pública: conhecer a máquina, conhecer o governo, governar para Santa Catarina.

O senhor e o atual governador, Jorginho Mello (PL-SC), são dois pré-candidatos que se apresentam como de direita. Como que o senhor vê essa disputa? 

Basicamente, sobre a questão de ser de direita: você tem a direita histórica e a direita de momento. A minha é a histórica, eu sempre fui de direita. Nunca tive alianças políticas com a esquerda. Nunca apoiei candidato a presidente do PT. Eu não sou político por conveniência, por moda, por momento. Acho que na política não cabe mais isso.

Então, como Santa Catarina é um estado de direita, o atual governador está na direita, onde eu sempre estive, mas eu acho que isso é um debate secundário. O que vai contar mesmo é a capacidade de governar, de fazer gestão, de relacionar e cuidar do estado, das prioridades, dos problemas. Quando o debate é direita, todos nós somos. Agora, se é para descobrir ou discutir quem é de direita real, aí eu ganho. Porém, eu não quero botar isso na pauta. A minha pauta principal é a capacidade de governar.

E qual é o seu principal diferencial em relação ao Jorginho Mello no que diz respeito à gestão? 

Gestão pública. Governar e cuidar do estado. Primeiro: o governante tem que cuidar das suas obrigações. Não adianta cuidar das obrigações que não são suas, para usar como marketing. É um erro. Então, eu atribuo que a missão do governador em educação é cuidar do ensino médio e do ensino fundamental. Não é cuidar da universidade. E segundo: quando o estado cria um apoio no ensino universitário, tem que ser para a família carente, não para o rico. É para quem não tem para pagar. Então, a diferença está aí.

A diferença também está na questão de você governar quatro anos, não um. Um governo começa no dia em que assume. É diferente do atual governo, que está governando no ano da eleição. Se você pegou os dois últimos anos passados, era um governo em inércia, parado. Mas nós vamos fazer comparativos no processo eleitoral. O meu desafio é: o volume de obras que eu tenho em Chapecó, que eu projetei, licitei, executei, eu comparo com o que ele projetou, licitou e executou. Eu quero comparar quem fez mais. Eu fiz mais por Chapecó do que ele por Santa Catarina.

Ele deu sequência aos projetos do ex-governador. Eu quero ver o que ele projetou, licitou e executou. Eu quero o comparativo de quem cuidou melhor da educação, do social, da saúde. Com isso tudo vai ser possível compararmos a capacidade de gestão. Desde a arrecadação, o cuidado do dinheiro, o cuidado com as pessoas, até os índices de estado e de Chapecó.

Quais são os desafios que o senhor enxerga na disputa com relação ao governo? 

Eu acho que é colocar Santa Catarina no lugar que ela merece, que é um lugar de destaque no cenário nacional. Santa Catarina é destaque, mas é por força do seu povo. Isso não é por mérito de governo. E Santa Catarina tem que voltar a falar com Brasília. Não pode romper as relações com Brasília em razão de um processo ideológico ou de uma questão partidária.

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Por que o senhor acredita que está rompida essa relação com Brasília? 

João Rodrigues: Por conta do governador. Ele rompeu os contatos e não conversa com Brasília. Quando eu falo conversar com Brasília, não é falar com o PT. O governador tem CNPJ, ele não tem CPF. Ele governa para o catarinense. Quando falo conversar, é discutir os problemas do estado. Por que as obras federais de Santa Catarina não andam? Parte delas é pela inoperância do governo federal, mas parte delas é pela ineficiência na busca de soluções do governo estadual, que fez uma opção de rompimento por uma questão ideológica.

Eu sou pré-candidato ao governo que defende a ideologia, princípios, posicionamentos. Vou apoiar meu candidato a presidente da República e, sendo governador, vou buscar Brasília independente de quem esteja governando. É isso que o governador precisa fazer: retomar as relações com Brasília para poder discutir a duplicação da BR-282, a conclusão da BR-470, os problemas federais que estão em Santa Catarina e que se agravam. São problemas que prejudicam o estado.

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Como o senhor pretende buscar alianças para concorrer ao governo? 

A minha prioridade é buscar alianças com o povo. Eu não estou muito preocupado com partido político, até porque acho que as alianças por conveniência não fazem bem à política brasileira. Quando você busca alianças pelo que você oferece e pelo que você paga, você compra gente que não vale o que está sendo pago. A minha relação é institucional. Os partidos que deverão se alinhar conosco é por um projeto. Se tiver um, dois ou dez, tanto faz. Se não tiver nenhum, a minha relação é com o eleitor.

Além disso, minha candidatura é contra o sistema, que a direita tanto combateu e que eu combati ao longo da minha vida. É esse o sistema que voltou para Santa Catarina e que está governando. O sistema que usa o poder, coopta pessoas, traz aliados a peso de ouro. Porque assim você deixa em segundo lugar o que é prioridade, que é o bem-estar da população, os problemas de estado. Eu não compactuo e não faço política assim. A minha gestão é direta com o cidadão.

Chapecó é a cidade no Brasil que mais obras públicas tem em andamento. Temos R$ 1,6 bilhão em obras executadas no meu mandato ou em andamento, porque nós governamos com e para o povo.

Neste cenário, existe a possibilidade de alinhamento com o Jorginho Mello para concorrer ao governo?

Primeiro de tudo, é claro, nós não somos inimigos. Eu não estou fazendo uma pré-campanha de fígado, de destruição. Eu estou pautando aquilo que eu não concordo com a maneira de governar. A minha relação institucional com o governo é respeitosa. Estou governando com o CNPJ e não com o meu CPF. Conversas sempre são mantidas. Você só pode quebrar uma ponte quando realmente não houver mais possibilidade de diálogo, mas o diálogo sempre existiu, sempre vai existir. Porém, no momento em que nós estamos vivendo, eu tenho uma pré-candidatura ao governo do estado.

Vocês dois podem ainda estar juntos para concorrer ao governo de Santa Catarina?

Não existe essa possibilidade. Hoje não, porque não há diálogo nesse sentido. Como não há diálogo, não há aliança. Nós temos projetos distintos. Agora, isso impede as conversas futuras? Não, não impede que os diálogos poderão existir.

Existe a possibilidade de o senhor desistir de concorrer ao governo e ir para a disputa ao Senado? 

Não, eu sou pré-candidato ao governo do estado. Agora, tudo pode acontecer no futuro, né? Mas eu sou pré-candidato ao governo do estado.

O PSD é identificado nacionalmente como um partido de centro, mas sua gestão tem sido marcada por ações associadas à direita. Como é essa caracterização do partido, como um todo, no âmbito catarinense, em comparação com o nacional e como lidar com essa associação que muitos brasileiros fazem sobre “PSD-Centrão”?

A gente tem que voltar a um passado recente, quando nós tínhamos o PL como vice do Lula. O Lula só era presidente da República graças ao PL, porque ele não ganharia eleição se não fosse o José de Alencar, do PL, presidido pelo Valdemar Costa Neto. O PSD não apoiou o governo na eleição do presidente Lula.

O PSD não foi aliado, não esteve coligado, foi um partido que não coligou com ninguém, que ficou sem candidatura a presidente. Porque o partido em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo esteve 100% na campanha do presidente Bolsonaro. O PL já tinha o Bolsonaro como candidato a presidente.

Com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, em quem o senhor aposta como candidato da direita à Presidência? 

O PSD tem a pré-candidatura à Presidência da República com Ratinho Junior. O meu era o Bolsonaro, continua sendo. Não sou do partido dele e nunca fui, mas eu tenho respeito, até porque eu nunca precisei dele para me eleger a nada. Nunca fui eleito graças à força política dele, mas eu sou leal a quem eu gosto. Nós temos uma amizade. Seria o meu candidato a presidente, mas pelo cenário que eu vejo, lamentavelmente, não será. Então, o nosso candidato a presidente, e creio que vai ser o candidato da direita do Brasil, é o Ratinho Junior.

João Rodrigues diz que vai comparar capacidade de gestão com Jorginho Mello (PL-SC), atual governador catarinense.João Rodrigues diz que vai comparar capacidade de gestão com Jorginho Mello (PL-SC), atual governador catarinense. (Foto: Felipe Carneiro/PSD Santa Catarina)

O senhor considera mudar de partido — por exemplo, migrar para o PL ou algum partido mais identificado como de direita — ou essa possibilidade está descartada? 

Não, eu me mantenho, até porque eu acho que a extrema-direita está com os dias contados. O brasileiro não aguenta mais. O extremismo é como uma avenida: no meio é o destino, é o caminho. Os extremos são a sarjeta, onde vai passar o lixo e o esgoto. O caminho, quando eu falo, não é o isentão, não é o centrão. É a direita moderada. É dessa que eu faço parte. O Ratinho Junior faz parte, o Tarcísio faz parte, o Caiado faz parte.

Por isso que nós estamos nessa situação de hoje: com 300 pessoas condenadas e presas injustamente. Com o julgamento viciado de um ex-presidente da República. Que para mim é a maior covardia, porque os extremismos é que fizeram isso. Chegamos a esse fundo de poço pelo extremismo, dos dois lados, da extrema-direita e da extrema-esquerda. A conta chegou. Isso é fruto daquilo que foi plantado pelo extremismo. Por isso que eu nunca fui extremista.

Eu sou de direita posicionado e entendo que, num país democrático, você tem que respeitar o seu adversário, independente de quem ele seja. Ele defende uma tese que eu acho errada, mas tem quem acredite. Então eu não posso satanizar e dizer que o outro não está certo. A posição é dele. Eu preciso convencer os meus que a minha posição é a mais correta.

Tive um exemplo em Chapecó, quando fiz 83% dos votos, eu disputei contra um candidato qualificado, que era o deputado federal mais votado do PT (Pedro Uczai). A candidata a vice-prefeita era a deputada estadual mais votada do PT (Luciane Carminatti). Eles fizeram menos votos para a prefeitura do que fizeram como deputados. Por que o eleitor deles votou em mim? Porque o eleitor compreendeu que o político precisa cuidar do povo. Ele tem que descer no palanque um dia depois da eleição e ver os problemas que afetam a sua sociedade. Defender o seu idealismo, os seus posicionamentos, mas isso não pode ser diariamente o prato de consumo.

No dia a dia você tem que discutir problemas de estrada, saúde, infraestrutura. É isso que Santa Catarina parou de fazer. Qual é a pauta do Brasil? Nós estamos há quatro anos discutindo prisão, liberdade e anistia. Mas cadê a BR-282? Cadê a BR-470, o problema de saúde? Cadê o país que está falindo? O Brasil está indo de cabeça para baixo. Isso não se discute mais, não é pauta. O povo está sofrendo, mas isso não é mais pauta. Isso é consequência dos erros praticados pelos extremistas. Então, eu acho que o extremismo está com os dias contados.

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Qual a sua opinião sobre a “migração” do Carlos Bolsonaro para SC, frente aos demais quadros da direita bastante interessados nessas vagas do Senado? Uma ala política opina que seria mais estratégico Carlos ficar num estado para fazer frente às pretensões da esquerda, aumentando o número total de cadeiras no Senado do PL e da direita.

Isso é um assunto que o PL que tem que responder, é o governador. Essa é uma candidatura aliada ao governador. Eu tenho duas versões: uma de que no ponto de vista do presidente Bolsonaro, eu não tiro a razão dele. Muita gente que não servia para nada se elegeu nas costas e no nome do Bolsonaro. Então, tirar a razão dele querer que o filho dispute pelo estado? Eu não tiro. Ele tem razão, ele está certo.

Agora, como catarinense, eu acho que o estado tem gente daqui, que conhece os problemas daqui, que está qualificada e preparada para representar o estado no Senado da República. Para quem já teve Luiz Henrique da Silveira, Raimundo Colombo, já teve outros tantos senadores que discutiam os problemas do estado, nós estamos vendo hoje um Senado em que a pauta é a do extremismo.

A questão do Carlos Bolsonaro, meu ponto de vista, é que essa conta é o governador, o PL, que vai ter que pagar. Porque é muito justo que o presidente Bolsonaro tenha o candidato que ele escolher. Porque todo mundo foi na onda dele. Santa Catarina tem bons nomes do PL. Tem deputado estadual, tem deputado federal, pessoas que mostraram sua capacidade, mas tem gente que não servia e que também não serve para nada, até hoje, que está aí, com mandato.

No meu ponto de vista de catarinense eu diria que a pátria de Santa Catarina não pode ser invadida. É mais ou menos como você colocar alguém do Paraguai para ser candidato a presidente do Brasil. Nós estamos tratando aqui de estado. Na minha concepção, nós temos nomes com muita qualidade. Evidente que a força de Carlos Bolsonaro em Santa Catarina é atribuída ao pai, como os demais. Então, quem está no grupo político não pode achar ruim.

O senhor pode dar um exemplo de nome que o senhor considera forte para concorrer ao Senado?

Nós temos dentro do nosso partido vários nomes. Nós temos outros partidos com bons nomes. Eu gostaria de não citar todos os nomes bons que o estado tem para não melindrar outras pessoas que têm pretensão também.

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O problema da população de rua é intrínseco a grandes metrópoles e afeta muito cidades de diferentes tamanhos. Chapecó adotou uma política de internação involuntária que não é realidade no país, por divergências com órgãos como Ministério Público, por exemplo. Como analisa o que foi e está sendo feito na cidade de Chapecó e como compara essa ação do poder público em relação a outras cidades de mesmo porte, por exemplo? Como outras cidades brasileiras poderiam avançar nessa questão?

Essa é a maior obra do nosso governo. Nós temos obras bilionárias, R$ 1,6 bilhão de obras físicas de prédios, asfaltos, ruas, rodovias, mas eu atribuo que a maior é a obra humana. Quando você tem lá 65, se não me falha a memória, moradores em situação de rua e que hoje estão se tratando, trabalhando, fazendo cursos, vivendo uma vida que não tinham antes, é gratificante. Os depoimentos que a gente recebe são impressionantes. Então, para mim, eu acho que a maior obra do gestor público é cuidar de gente e nisso Chapecó dá banho.

Nós demos exemplo para o país em como cuidar das pessoas, mas cuidar de quem precisa, de quem sofre, que é pobre, é humilde, e que está, às vezes, no descaminho da vida, que são as drogas. O modelo de Chapecó é o modelo que deu certo. Hoje, muitas cidades do nosso país vêm aqui para conhecer, para tentar encaminhar algo semelhante.

Agora, só vai dar certo em qualquer lugar quando for uma política pública adotada pelo prefeito. Se for só pelo governo, não vai dar certo. Tem que ser o prefeito. Porque ele vai lá, conhece, manda, determina, ele investe, insiste e não desiste. É isso que nós fazemos. Por isso que está dando certo e por isso que Chapecó, hoje, não tem moradores em situação de rua. Alguém pode dizer: “Ah, mas eu vi quatro”. Eu pergunto: “em que local?” Porque eu mando tirar. Não é expulsar, é resgatar, encaminhar, tratar. Essa é uma política pública que deu muito certo aqui.

Fonte: Gazeta do Povo

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