O MPT da Paraíba (Ministério Público do Trabalho) abriu um processo judicial e tornou réus os influenciadores Hytalo Santos e seu esposo, Israel Nata Vicente, conhecido como “Euro”. Os influenciadores são acusado de comandar um esquema de tráfico de pessoas e exploração sexual com condições de trabalho análogas à escravidão.
A ação foi ajuizada em 25 de setembro deste ano, e teve como base diversos elementos e provas reunidas durante o inquérito civil. Segundo o MPT, embora a atuação do órgão seja na cidade de João Pessoa (PB), a ação é conduzida por um Grupo Especial de Atuação Finalística de âmbito nacional.
O caso tramita em segredo de justiça por envolver situações de violência contra crianças e adolescentes e também para evitar a revitimização.
O caso ganhou repercussão nacional em agosto, quando o youtuber Felipe Bressanin Pereira, conhecido como Felca, publicou um vídeo denunciando supostas práticas de exploração de menores envolvendo o influenciador. Desde 15 de agosto, o casal está preso na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, em João Pessoa (PB).
Vídeo: Veja momento da prisão de Hytalo Santos e marido em SP
A Justiça também determinou que eles não tenham contato com menores e suspendeu a monetização de seus vídeos nas redes sociais. As investigações começaram em dezembro do ano passado, por meio do Disque 100
Na época, Hytalo acumulava cerca de 17 milhões de seguidores e compartilhava vídeos de dança e momentos do cotidiano. Antes da desativação de sua conta no Instagram, ele afirmou que todas as atividades com menores eram acompanhadas pelas mães das adolescentes e que duas das principais jovens citadas no processo já são emancipadas.
A primeira audiência de instrução ocorreu em 4 de novembro, no Fórum Criminal de Bayeux. Seis testemunhas de defesa e duas de acusação foram ouvidas, incluindo a influenciadora Kamylinha, de 18 anos, que participava de vídeos produzidos pelo casal. Felca também prestou depoimento como testemunha de acusação em 6 de novembro.
Entenda caso Hytalo Santos e o que diz lei sobre “adultização” de crianças
Fonte: CNN BRASIL