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Doações dos EUA desviadas no RS serão entregues às vítimas das enchentes

Após uma operação do MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) para apurar o desvio e venda irregular de donativos dos Estados Unidos à vítimas da enchente de 2024, a Justiça autorizou o repasse de doações para os afetados.

De acordo com a investigação, os materiais — roupas, fraldas, mamadeiras, entre outros — haviam sido desviados por oito investigados.

A investigação teve início após uma denúncia, encaminhada ao Consulado-Geral do Brasil em Miami, que alertou a Defesa Civil do RS sobre a venda de roupas importadas que deveriam ter sido destinadas às vítimas das enchentes.

O esquema que desviava e comercializava doações por meio de ONGs e brechós na região de Caxias do Sul, utilizando “laranjas” e recebendo valores via Pix em nome de terceiros.

Na última quinta-feira (4) foram apreendidas cerca de 70 caixas com produtos doados, que agora serão encaminhados a pessoas em situação de vulnerabilidade.

A investigação do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul) segue apurando crimes de apropriação indébita, organização criminosa e lavagem de dinheiro, praticados em contexto de calamidade pública.

Investigações

Oito pessoas são investigadas: entre elas, três são da mesma família. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Caxias do Sul, São Marcos e Boa Vista do Sul.

A Justiça decretou o bloqueio de R$ 2 milhões de contas bancárias vinculadas aos suspeitos.

Conforme o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPRS, as roupas e utensílios foram encaminhados para uma ONG.

Contudo, ao invés de serem entregues às vítimas da enchente, as peças foram revendidas em brechós da região. A investigação aponta a existência de indícios de enriquecimento ilícito por meio de laranjas e recebimento de valores via Pix em nome de terceiros.

Parte do dinheiro teria sido usada para compra de veículos, um apartamento e outros bens da principal pessoa investigada.

Fonte: CNN BRASIL

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