A CPMI do INSS ouve nesta segunda (6) o empresário e economista Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti, ex-sócio do advogado Nelson Wilians. Ambos foram alvos de operação da PF em setembro contra fraudes em benefícios do INSS. Durante as buscas, foram apreendidos bens de luxo, incluindo carros e obras de arte. A comissão já aprovou a quebra de sigilos bancário e fiscal de Cavalcanti, além de pedido ao Coaf por relatório financeiro.
Ele foi convocado obrigatoriamente após adiar a oitiva marcada para 29/9. Os parlamentares querem apurar possíveis vínculos entre Cavalcanti, Wilians e o “Careca do INSS”, apontado como articulador do esquema e preso desde setembro. A PF suspeita que Cavalcanti escondeu carros de luxo antes da operação, reforçando as investigações sobre fraude.
Parlamentares batem boca por convocação de ex-funcionário do Careca do INSS
Um bate-boca entre parlamentares marcou a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, na última quinta-feira (2), durante a análise de requerimentos para convocar Edson Claro Medeiros Júnior, ex-funcionário de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.
Segundo reportagem do portal Metrópoles, Edson teria auxiliado Antunes na venda de veículos de luxo por valores abaixo do mercado, com o objetivo de levantar recursos. Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPMI do INSS, alegou que Edson estaria sendo ameaçado por Antunes, reforçando o pedido de sua oitiva. O “careca do INSS” já havia negado a acusação anteriormente, classificando-a como “completamente descabida”.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), porém, orientou que o requerimento fosse rejeitado pelos governistas do colegiado. Ao ser interrompido por Gaspar, Pimenta protestou, alegando que não havia previsão para a fala do relator naquele momento, levantou-se e bateu na mesa. “No grito, aqui ninguém ganha nada”, respondeu o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI.
Gaspar insistiu que haveriam “pressões externas” para impedir o depoimento de Edson Claro. “Tem muita gente lá fora com medo pela vida do senhor Edson Claro, porque ele quer falar, ele quer falar com documentos”, afirmou. E completou: “Ele está sendo impedido por forças ocultas de ser chamado aqui. Tem gente com medo”.
Fonte: Gazeta do Povo