A defesa do deputado estadual Binho Galinha (PRD), Gamil Foppel, fez um apelo na manhã desta segunda-feira, 8, aos parlamentares baianos sobre a prisão do legislador, que se entregou à Justiça na última sexta, 3.
“Se não determinar a suspensão deste teratológico e anormal decreto de prisão. Não há uma forma de dourar a pílula. Não há uma forma simpática de dourar aquele documento”, disse o advogado, durante sessão urgente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
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A defesa do parlamentar, apontado como suposto líder de uma organização criminosa, subiu o tom contra a decisão judicial, a qual chamou de “estupro aéreo e néutico”, e considerou a medida como “violação à Constituição”.
Violação que já perdura há muitos dias e aqui, eu rogo a vossa excelência que despachem e façam parecer o quanto antes porque […] o tempo é diferente para quem está preso
Na ocasião, ele ainda pediu a criticou a decisão do Ministério Público e diz que todo o processo está nulo, por que há “seis ou sete” erros primários cometidos. Decisão do juiz é incompetente”.
Defesa de Binho Galinha na Alba
Alba foi notificada sobre prisão de Binho Galinha
A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) divulgou na segunda-feira, 6, nota pública informando que aguarda o acesso à decisão judicial e aos autos do processo que resultou na prisão do deputado estadual Binho Galinha, ocorrida na última sexta-feira, 3, conforme amplamente noticiado pela imprensa.
Segundo o comunicado, a Casa Legislativa recebeu a notificação judicial, mas não teve acesso ao conteúdo da decisão, o que impossibilita a análise e deliberação sobre o caso por órgãos internos, como o Conselho de Ética ou o Plenário.
“Para que a Casa possa adotar as medidas internas cabíveis, é indispensável o acesso à decisão judicial e aos autos do processo”, afirmou a Alba. A Casa informou que já solicitou oficialmente a documentação ao Poder Judiciário e segue aguardando resposta.
Histórico criminal
De acordo com as investigações, Binho Galinha é apontado como líder de uma organização criminosa com atuação predominante em Feira de Santana e cidades do entorno. O grupo, segundo o MP, adota práticas de milícia e estaria envolvido em crimes como:
- lavagem de dinheiro;
- obstrução da Justiça;
- jogo do bicho;
- agiotagem;
- receptação qualificada;
- comércio ilegal de armas;
- usurpação de função pública;
- embaraço a investigações;
- tráfico de drogas.
Fonte: A Tarde