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Antigas prisões do regime de Assad se tornam centros culturais na Síria

Na cidade de Qamishli, no nordeste da Síria, um antigo centro de segurança durante o regime do ex-presidente Bashar al-Assad agora abriga um café e aulas de teatro.

Yassine Sheikhmous, que disse à Reuters ter sido detido no prédio três vezes entre 2008 e 2011 por causa de suas opiniões políticas, frequenta o café regularmente.

“É maravilhoso que este lugar tenha se transformado de um local de opressão em um lugar de conforto e segurança”, diz Sheikhmous.

Na primavera de 2025, um grupo de jovens, com o apoio da administração curda local, repintou as paredes do antigo centro de detenção e inaugurou o complexo como um centro recreativo.

Hoje, os visitantes tomam café e assistem a aulas de teatro em salas que antes eram associadas à intimidação.

“Trouxemos as cores da vida para este edifício”, disse Shavzan Mahmoud, um ator de teatro que ajuda a administrar o local.

Em Damasco, uma antiga delegacia de polícia passou por uma transformação semelhante. Ela foi convertida em um café, onde as celas permanecem como uma lembrança do passado do local.

Khaled al-Orabi, coproprietário do café que antes era uma delegacia de polícia, conta a história de como as forças de segurança costumavam chantagear comerciantes de ouro e deter pessoas que negociavam moedas estrangeiras.

A Reuters não conseguiu verificar de forma independente as histórias das fontes.

Assad, cuja família governou a Síria com mão de ferro por 54 anos, foi deposto por rebeldes islamitas em 8 de dezembro, pondo um fim abrupto a uma devastadora guerra civil de 13 anos.

Milhares de prisioneiros escaparam do impiedoso sistema de detenção de Assad após sua queda durante um avanço relâmpago dos rebeldes que pôs fim a cinco décadas de governo de sua família.

Durante toda a guerra civil que começou em 2011, as forças de segurança mantiveram centenas de milhares de pessoas detidas em campos onde, segundo organizações internacionais de direitos humanos, a tortura era uma prática generalizada. Muitas vezes, as famílias não eram informadas sobre o destino de seus entes queridos.

Fonte: CNN BRASIL

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