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a estrutura da facção alvo de operação

Força-tarefa reuniu 400 agentes e mira cadeia produtiva e financeira do tráfico de drogas –

A Polícia Civil da Bahia deflagrou, nesta quinta-feira, 11, a Megaoperação Zimmer, uma das maiores investidas contra o crime organizado no estado nos últimos anos. A ação, coordenada pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) e realizada em conjunto com as polícias Militar, Federal e o Departamento de Polícia Técnica (DPT), teve como objetivo desarticular a estrutura de comando e os principais núcleos de uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas, homicídios, crimes patrimoniais e lavagem de dinheiro.

Ao todo, 42 pessoas foram presas, três delas em flagrante, durante o cumprimento de 43 mandados de prisão e 48 de busca e apreensão. As equipes estiveram em cidades da Bahia, como Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Porto Seguro e Feira de Santana, além de ações simultâneas em Sergipe, Pernambuco, Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina.

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Entre os detidos está o capitão da Polícia Militar da Bahia Mauro das Neves Grunfeld, capturado em um condomínio de alto padrão no bairro da Graça, em Salvador. Ele já havia sido preso em 2024 durante a Operação Fogo Amigo, que levou 19 investigados à prisão.

Mauro das Neves Grunfeld | Foto: Reprodução / Redes Sociais

Operação em 6 estados

Segundo o diretor do Deic, delegado Thomas Galdino, a ofensiva alcançou alvos estratégicos da facção.

“A operação Zimmer, deflagrada pela Polícia Civil, objetivou hoje o cumprimento de 43 mandados de prisão e 48 mandados de busca e apreensão, onde foi possível capturar 42 desses indivíduos”, afirmou.

Ele destacou a dimensão interestadual da megaoperação:

“Essa ação se deu em cinco estados, Santa Catarina, Pernambuco, Sergipe, São Paulo e Espírito Santo, assim como em diversas cidades da Bahia, como Porto Seguro, Feira de Santana e Lauro de Freitas. Além do cumprimento desses mandados, nós também conseguimos apreender armas de fogo, apreender R$ 35.000 em espécie, desarticular dois laboratórios destinados à produção de drogas, bem como apreender veículos adulterados e veículos que foram objetos de sequestro, através de decisão judicial.”

Ainda de acordo com o delegado, as buscas continuam para capturar alvos ainda não localizados.

“Algumas equipes ainda se encontram na rua no intuito de localizar alguns indivíduos. A operação visou combater essa organização criminosa. Então, todos os indivíduos que tiveram sua prisão cumprida ou decretada hoje foram objeto de investigação, e suas prisões foram apreciadas pelo Poder Judiciário.”

Estrutura criminosa e laboratórios de drogas

As investigações revelaram uma ampla rede voltada ao preparo, distribuição e movimentação financeira do tráfico. A facção utilizava pessoas físicas e jurídicas para ocultar a origem dos valores ilícitos, o que levou o Poder Judiciário a determinar o bloqueio de R$ 100 milhões e o sequestro de bens.

Cerca de 400 agentes das forças de segurança participaram da operação, que também desmontou dois laboratórios de refinamento de drogas na Bahia, um em Porto Seguro e outro no bairro de Stella Maris, na capital. No estado de São Paulo, grandes quantidades de drogas já embaladas para venda foram apreendidas.

O delegado-geral da Polícia Civil, André Viana, explicou o avanço da investigação sobre a cadeia produtiva do tráfico.

“Principalmente tráfico de drogas. Ela nasceu com a vertente, inclusive, de roubo e adulteração de veículos, mas chegou à questão do tráfico de drogas identificando todas as suas cadeias: do químico, a questão da venda, a questão da produção, e que resultou hoje na apreensão não só no estado de São Paulo, mas também de duas refinarias.”

Ele detalhou ainda os pontos onde funcionavam as estruturas desarticuladas. “Ou seja, um laboratório em Porto Seguro e um laboratório em Stella Mares, e grande quantidade de droga apreendida no estado de São Paulo, já pronta justamente para ser comercializada.”

Diligências continuam

Além das drogas, a polícia encontrou insumos, equipamentos, veículos adulterados e armas de fogo. As equipes seguem em campo para cumprimento de mandados remanescentes e para localizar outros investigados apontados como integrantes da organização.



Fonte: A Tarde

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