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O que se sabe sobre o ataque com vítimas em universidade nos EUA

Mais de 400 agentes foram mobilizados neste sábado (13) em busca do suspeito do ataque na Universidade Brown, em Providence, no estado americano de Rhode Island, que deixou dois estudantes mortos e outros nove feridos na instituição da Ivy League, informaram as autoridades.

A universidade permaneceu em lockdown por horas após um suspeito armado entrar em um prédio onde os alunos faziam provas.

As autoridades não acreditam que exista qualquer “ameaça específica e contínua” por parte do suspeito, afirmou o prefeito Brett Smiley, mas, com as forças de segurança vasculhando a área e realizando uma busca pelo suspeito, a ordem de confinamento para o campus e a vizinhança permanecerá em vigor por enquanto.

“O confinamento permite que as forças de segurança façam seu trabalho na primeira fase da investigação”, disse Smiley.

As ruas ao redor do campus estavam repletas de veículos de emergência e a segurança foi reforçada em toda a cidade enquanto as forças de segurança procuravam o atirador, que ainda não foi identificado, disseram as autoridades.

Agentes do FBI e do ATF (Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos) estão trabalhando com a polícia local e estadual na investigação.

As autoridades divulgaram um vídeo do suspeito, um homem possivelmente na casa dos 30 anos e vestido de preto. O vice-chefe de polícia de Providence, Timothy O’Hara, disse que o indivíduo pode ter usado uma máscara, mas as autoridades não têm certeza.

As imagens da câmera de segurança mostram uma pessoa vestida de preto caminhando pela Hope Street, em Providence, após o ataque na Universidade Brown • PROVIDENCE PUBLIC INFORMATION OFFICER

Os investigadores recolheram cápsulas de balas no local do ataque, mas ainda não divulgaram detalhes, disse O’Hara.

O atirador fugiu após disparar contra estudantes em uma sala de aula do prédio de engenharia Barus & Holley, onde as portas externas estavam destrancadas enquanto as provas estavam sendo realizadas, disseram as autoridades.

Os detetives estão investigando por que aquele local foi escolhido como alvo, disse o chefe de polícia Oscar Perez a repórteres em uma coletiva de imprensa.

Todas as vítimas eram estudantes, disse a reitora da universidade, Christina Paxson, em um e-mail para a comunidade.

“Este é o dia que esperamos que nunca aconteça, e aconteceu”, disse Paxson.

Sete dos nove feridos estavam em estado crítico no final da noite de sábado, segundo o Brown University Health.

A universidade, localizada em College Hill, capital do estado, possui centenas de prédios, incluindo salas de aula, laboratórios e dormitórios. Acredita-se que o suspeito do ataque tenha fugido, segundo autoridades locais, por uma rua normalmente movimentada, repleta de restaurantes e cafeterias.

Momento do ataque

À medida que a notícia do ataque se espalhava, a universidade orientou os alunos a permanecerem em seus locais de estudo.

O estudante Chiang-Heng Chien, contou à emissora local WJAR que estava trabalhando em um laboratório com outros três alunos quando viu a mensagem sobre o atirador ativo a um quarteirão de distância. Eles esperaram embaixo das mesas por cerca de duas horas, disse ele.

O governador de Rhode Island, Daniel McKee, prometeu que o atirador será levado à justiça.

“Vamos garantir que capturemos o indivíduo que causou tanto sofrimento a tantas pessoas”, afirmou McKee.

A busca pelo suspeito foi dificultada pela multidão de consumidores de fim de ano e pelas milhares de pessoas que compareceram a shows e eventos em uma noite de fim de semana, disseram autoridades locais a repórteres.

Forças de segurança federais e policiais de cidades vizinhas estavam auxiliando nas buscas, informaram as autoridades. Segundo notícias locais, diversos estabelecimentos da cidade reforçaram a segurança.

A polícia estava analisando vídeos e buscando informações de testemunhas e outras pessoas na busca pelo suspeito.

“Algumas pistas chegaram. Estamos investigando-as […] nenhuma delas nos levou a lugar nenhum ainda”, disse O’Hara.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse a repórteres na Casa Branca que havia sido informado sobre a situação, que classificou como “terrível”.

“Tudo o que podemos fazer agora é orar pelas vítimas e por aqueles que ficaram gravemente feridos”, afirmou Trump.

Em comparação com muitos países, ataques a escolas, locais de trabalho e locais de culto são mais comuns nos EUA, que possui algumas das leis de armas mais permissivas do mundo desenvolvido.

O Gun Violence Archive, que define tiroteios em massa como qualquer incidente em que quatro ou mais vítimas foram baleadas, contabilizou 389 deles este ano nos EUA, incluindo pelo menos seis tiroteios em escolas.

No ano passado, os EUA registraram mais de 500 ataques em massa, segundo o arquivo.

“Estou anestesiada e, principalmente, com raiva”, disse Zoe Weissman, estudante do segundo ano da Universidade Brown, à Reuters.

Weissman testemunhou perante legisladores estaduais em apoio à proibição de armas de assalto, relatando sua experiência como aluna do ensino fundamental em Parkland, Flórida, onde um atirador matou 17 alunos e professores em 2018, além de ferir outras pessoas.

“Estou chocada, mas não surpresa”, disse Weissman.

(Com informações de Kelly McCleary, da CNN)

Fonte: CNN BRASIL

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