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Advogada é agredida e mantida em cárcere após término: “Queria me matar’

Mulher que matou o próprio filho vai responder em liberdade –

“Me bateu, tentou introduzir objetos em mim, dizia que ia me matar se eu não fizesse o que ele queria”. O relato, é da advogada Tabita Gomes, de 36 anos, que sobreviveu a uma tentativa de feminicídio e denunciou que foi mantida em cárcere privado durante 20 horas pelo próprio namorado, David Evangelista, em Salvador.

Em entrevista ao Portal A TARDE, a advogada de 36 anos, denunciou os momento de terror vivido. Segundo ela, tudo aconteceu após ela decidir terminar o relacionamento, pois, o companheiro já estava apresentando sinais de agressividade.

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“Nós tinhamos um relacionamento de trê meses. No início, ele demonstrou ser um anjo, veio com toda conversa bonita, palavras bonitas, e começamos a namorar, porém as coisas foram mudando e ele começou a apresenar sinais de que era violento”, contou.

Término

Ela relata que, na terça-feira, 9, saiu com o companheiro e decidiu passar a noite em um hotel no bairro de Stella Maris, porque estava sentindo fortes dores. Durante a madrugada, conta que o comportamento de David mudou.

“Ele o tempo todo tentando manter relações. Eu falei que estava doente, que precisava descansar. Ele começou a dizer que eu só falava não, que tudo meu era não, e ficava me amedrontando”, afirma.

Segundo Tabita, o companheiro abria a porta do quarto repetidamente, como se quisesse assustá-la, e reclamava por ela não ceder aos pedidos. Cansada das discussões, ela disse que pretendia terminar o relacionamento.

Cárcere privado, tortura e ameaças

Após saírem do hotel, Tabita conta que David, também conhecido como Luan Ferrari, assumiu a direção do veículo e passou a conduzir de forma agressiva.

“Ele começou a rodar comigo no carro, dar cavalo de pau, tentar me matar. Dizia que agora não tinha mais nada a perder, já que eu estava terminando com ele. Já com medol, eu mandei uma mesnagem para meu amigo e ele me ligou. Enquanto eu estava na ligação, ele exigiu que eu falasse que estava sozinha, mas eu não falei. Nervoso, ele meteu a mão no meu rosto e o sangue começou a escorrer. Ele me dava vários socos, dirigindo, uma mão no volante e a outra me batendo”, lembra emocionada.

Segundo ela, depois das agressões dentro do carro, David a levou para casa dele, na Vila Canária, em Salvador, onde ela foi mantida em cárcere privado por horas.

“Ele me manteve lá em posição de quatro, de dez horas da manhã até três e pouca da manhã. Eu apanhava, era enforcada, tomava socos. Quando ele achava que eu não estava na posição certa, batia na minha coluna”.

Ameaçava introduzir objetos em meu corpo enquanto me xingava e dizia que eu deveria fazer o que ele queria

Advogada Tabita Gomes

Buscas

Durante as horas de cárcere, familiares de Tabita a procuravam desesperados.

“Minha mãe e meu pai já estavam se acabando de chorar, mobilizaram todo mundo para orar por mim. Eu só consegui fugir hopras depois. Saí correndo, peguei meu carro num lugar que nem conhecia e fui pra casa. Cheguei tremendo, com as pernas doendo de ficar tanto tempo naquela posição. Mas agradecida por estar viva.”

Comportamento violento

A vítima relata que já tinha presenciado episódios de grosseria e agressividade antes, mas ele sempre pedia desculpas e prometia mudar.

“Ele dizia: ‘Eu vou ser melhor para você, você merece um homem bom’. Mas em discussões, ele já tinha jogado o celular em mim. Eu ficava calada para não prejudicar meu pai.”

Segundo Tabita, o agressor também a ameaçava caso ela buscasse ajuda ou contasse sobre as agressões. “Ele dizia que, se acontecesse alguma coisa, ia chamar as meninas para cortar meu cabelo e me cortar toda.”

Outras possíveis vítimas

Após o caso vir à tona, um perfil no Instagram foi criado por mulheres que afirmam ter sofrido violência cometida por Luan Ferrari.

“Tem outras vítimas se pronunciando. Mulheres que não querem aparecer, mas que contam que ele obrigava a usar drogas e fazia outras coisas”, disse Tabita.

Investigação

Nesta quinta-feira, a vítima registrou ocorrência na Casa da Mulher Brasileira, onde prestou depoimento e apresentou provas.

Segundo ela, a Polícia Civil enviou uma equipe ao endereço do suspeito, mas ele já havia fugido. Tabita também realizou exame de corpo de delito e aguarda o avanço das investigações.

O Portal A TARDE entrou procurou a Polícia Civil e aguarda resposta sobre as investigações



Fonte: A Tarde

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