HomeBahiaOnde morar em Salvador? Aluguel sobe quase 20%; veja bairros mais caros

Onde morar em Salvador? Aluguel sobe quase 20%; veja bairros mais caros

Barra é um dos bairros de Salvador mais procurados para aluguel, segundo os especialistas, devido a fatores como acessibilidade, transporte público e áreas de lazer –

O mercado de locação residencial em Salvador vive um momento de forte valorização. Segundo levantamento da APSA, empresa nacional de gestão de propriedades urbanas, o valor médio do metro quadrado para imóveis de um a quatro quartos chegou a R$ 58,83 em julho deste ano, o equivalente a R$ 5.883 para um apartamento de 100 metros quadrados.

O dado representa um aumento de 18,46% em relação a julho de 2024, reflexo de um mercado aquecido e de uma oferta cada vez mais restrita.

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De acordo com o estudo, que analisou 2,9 mil anúncios em sites especializados, 10 dos 12 bairros avaliados registraram alta nos últimos 12 meses. Os maiores aumentos ocorreram em Alphaville (+24,57%), Piatã (+18,46%), Pituba (+17,41%), Armação (+16,97%) e Patamares (+14,86%). Apenas Vitória e Ondina apresentaram retração no período, com quedas de 9,49% e 7,53%, respectivamente, o que, segundo especialistas, reflete um desvio pontual e não uma tendência.

Bairros com a maior valorização no aluguel em Salvador:

  • Alphaville: Aumento de 24,57%
  • Piatã: Aumento de 18,46%
  • Pituba: Aumento de 17,41%
  • Armação: Aumento de 16,97%
  • Patamares: Aumento de 14,86%

Para Alan Galvão, gestor de condomínios e imóveis da APSA, a valorização é sustentada pela procura crescente em regiões mais estruturadas e pela redução da oferta de imóveis para locação. “Parte dos proprietários optou por vender suas unidades ou direcioná-las para o short stay, a locação de curta temporada. Além disso, os reajustes econômicos e inflacionários também contribuíram para o reposicionamento dos preços”, explica.

O diretor institucional do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-BA), Pedro Aragão, reforça que o aumento reflete o comportamento do investidor e as condições do mercado.

“O custo de produção não para de subir, o que encarece os imóveis e influencia diretamente os aluguéis. Muitos investidores têm migrado para a locação por temporada, o que reduz a oferta de contratos convencionais. Diante disso, é provável que a valorização continue no próximo ano”, avalia.

Segundo ele, os bairros mais valorizados reúnem atributos decisivos na hora da escolha do imóvel. “Segurança, acessibilidade, transporte público e áreas de lazer são diferenciais importantes. Alphaville, Barra e Caminho das Árvores exemplificam bem esse perfil de bairros completos”, aponta Aragão.

Renegociar é possível

Com a alta dos valores, muitos inquilinos têm buscado renegociar seus contratos. O corretor Felipe Junior orienta que o diálogo deve ser iniciado antes que o orçamento estoure ou que ocorram atrasos nos pagamentos. “Se o aluguel começar a pesar no bolso, o ideal é conversar com o proprietário imediatamente. O bom relacionamento é a base para qualquer negociação bem-sucedida”, afirma.

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Ele explica que, normalmente, o reajuste ocorre uma vez por ano, de acordo com o índice previsto em contrato, como o IPCA ou o IGP-M. No entanto, situações excepcionais, como perda de renda ou crises econômicas, podem justificar uma revisão fora desse período. “A confiança, o respeito e o histórico de pontualidade contam muito. Um inquilino que paga em dia e cuida bem do imóvel tende a ter mais abertura para negociar”, acrescenta.

A corretora Clarissa Vitória reforça a importância da transparência e da intermediação profissional. “O corretor atua como mediador imparcial, transmitindo as demandas de cada lado com clareza. Isso evita atritos e ajuda a encontrar um ponto de equilíbrio entre as partes”, explica.

Segundo ela, a confiança mútua é determinante. “Quando o inquilino é um bom pagador e mantém o imóvel conservado, o proprietário geralmente está mais disposto a rever o reajuste ou até manter o valor. Já quando há longos períodos sem aumento, o ideal é buscar uma compensação gradual para não afetar a rentabilidade do dono”, completa.

Com a valorização de quase 20% em um ano e a perspectiva de continuidade dessa tendência, o mercado imobiliário soteropolitano reforça a importância de relações equilibradas entre locadores e locatários.

Em um cenário de custos crescentes, especialistas apontam que a boa comunicação, a flexibilidade e o acompanhamento profissional são as melhores estratégias para garantir contratos sustentáveis e satisfatórios para ambos os lados. “No fim das contas, um bom acordo é aquele em que proprietário e inquilino saem satisfeitos”, resume Felipe Junior.



Fonte: A Tarde

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