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Quais são os interessados em comprar os aeroportos da Motiva

A empresa Motiva (ex-CCR) está próxima de se desfazer dos negócios que tem em aeroportos. Nesta semana, a companhia informou que entrou na fase de propostas vinculantes de potenciais compradores e que as ofertas serão analisadas em conjunto com as assessoras — a Lazard e o Itaú Unibanco foram contratados para auxiliarem na condução do processo.

Segundo apuração da reportagem da Gazeta do Povo, pelo menos dois grupos avançaram essa etapa. Entre elas está a espanhola Aena, que administra 17 aeroportos no país, incluindo Congonhas, em São Paulo. A Corporación América, que é a concessionária do terminal de Brasília, também tem interesse, especialmente por causa dos três aeroportos fora do Brasil: Curaçao, Quito (Equador) e Juan Santamaria (Costa Rica).

A ideia inicial da Motiva é vender os 20 aeroportos da rede para um único comprador. Entretanto, o alto valor pedido — cerca de R$ 10 bilhões — e o desinteresse por alguns terminais secundários que fazem partes dos blocos Sul e Central podem forçar a empresa a mudar a estratégia nessa fase.

Na fase de propostas não vinculantes, outras concessionárias demonstraram interesse. A Fraport, a Vinci e a Zurich, que administram aeroportos no Brasil, buscaram a Motiva, mas não seguiram para a fase de ofertas vinculantes para os seguintes terminais:

  • Afonso Pena – São José dos Pinhais/Curitiba (PR)
  • Bacacheri – Curitiba (PR)
  • Cataratas – Foz do Iguaçu (PR)
  • Governador Beto Richa – Londrina (PR)
  • Lauro Carneiro de Loyola – Joinville (SC)
  • Ministro Victor Konder – Navegantes (SC)
  • Comandante Gustavo Kraemer – Bagé (RS)
  • Pelotas (RS)
  • Rubem Berta – Uruguaiana (RS)
  • Santa Genoveva – Goiânia (GO)
  • Marechal Cunha Machado – São Luís (MA)
  • Prefeito Renato Moreira – Imperatriz (MA)
  • Brigadeiro Lysis Rodrigues – Palmas (TO)
  • Senador Nilo Coelho – Petrolina (PE)
  • Senador Petrônio Portella – Teresina (PI)
  • Confins/Tancredo Neves – Belo Horizonte (MG)
  • Pampulha – Belo Horizonte (MG)
  • Willemstad – Curaçao
  • Juan Santamaria – Costa Rica
  • Quito – Equador

A Motiva movimentou 23,3 milhões de passageiros nesses 20 aeroportos no primeiro semestre deste ano, o que representou um aumento de 7% em relação ao mesmo período de 2024. Os maiores avanços foram registrados em Curaçao (18,6%) e Confins (14,5%). O destaque negativo foi Quito, com queda de 3,4% na movimentação.

VEJA TAMBÉM:

  • Como o governo pretende reequilibrar a concessão do aeroporto do Galeão

Motiva quer se concentrar em negócios em rodovias e trens

A intenção de deixar o mercado de aeroportos foi adiantada pela Motiva ainda em 2024. O motivo apresentado foi a necessidade de reciclar o portfólio e se concentrar em negócios em rodovias e mobilidade urbana, incluindo trens e metrôs.

Hoje, a Motiva é responsável por quase 4,5 mil quilômetros de rodovias em seis estados — é a maior concessionária do setor no Brasil. Além disso, opera 189 quilômetros de trilhos, com metrôs em São Paulo e São Paulo e o VLT (veículo leve sobre trilhos) no Rio de Janeiro.

A ideia da empresa é usar o recurso proveniente da venda dos aeroportos para os investimentos previstos nos contratos de concessão de rodovias e também em novas rodadas de leilões de estradas previstas para os próximos meses. Neste ano, ainda restam dois lotes no Paraná, um conjunto de estradas no Mato Grosso, outro em Minas Gerais e Goiás, além das otimizações da Autopista Fluminense e Fernão Dias — estas duas sob administração atual da Arteris.

Fonte: Gazeta do Povo

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