Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) estão desenvolvendo um canudo que pode detectar a presença de metanol em bebidas alcoólicas.
O trabalho tem participação do professor Germano Vera, do Departamento de Química, que possui graduação, mestrado e doutorado em Química Analítica pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Ele conta que a equipe trabalha em duas frentes: uma com técnicas de espectroscopia no infravermelho próximo, e outra com o desenvolvimento do canudo.
“O do canudo é o seguinte: Imagina um canudo comum que você impregna nas paredes desse material uma outra substância. Deixa ele preso. Não deixa solto. E aí, por capilaridade, quando eu coloco o canudo no líquido. Nesse momento em que ele entra, ele vai ter contato com a substância que está ali. Nesse momento do contato é possível reações químicas e mudanças de cor”, explicou o professor á CNN.
De acordo com Germano, o objetivo principal é contribuir com um problema de saúde pública. “Agora é para analisar metanol. Mas de fato é possível sim você adicionar várias outras substâncias, identificar várias outras substâncias. A nossa demanda agora é para resolver um problema de saúde pública urgente, que é a identificação de metanol.”
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O canudo desenvolvido pelos pesquisadores da UEPB funciona por meio de um princípio químico simples. O interior do canudo é revestido com uma substância reagente que, ao entrar em contato com a bebida, identifica compostos específicos — como o metanol — e provoca uma mudança de cor visível.
Por ser feito a partir de materiais simples e de baixo custo, o dispositivo tem potencial para uso prático em fiscalizações, bares e até pelo próprio consumidor. O projeto já conta com um protótipo, mas detalhes técnicos ainda não podem ser divulgados. A proposta inicial é atender órgãos de fiscalização e secretarias de saúde.
Fonte: CNN BRASIL