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Câmara aprova pauta-bomba com impacto de até R$ 200 bi para União

Câmara dos Deputados aprova pauta-bomba que pode trazer impacto de R$ 200 bi aos cofres públicos –

A Câmara dos Deputados aprovou, na terça-feira (7), uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que afrouxa as regras de aposentadoria para agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias. No primeiro turno, a matéria foi aprovada por 446 votos a 20. Já na etapa final, foram 426 votos a favor e 10 contra — quatro deles do partido Novo e seis de filiados ao PL.

O texto, que agora segue para o Senado, projeta um impacto estimado entre R$ 20 bilhões e R$ 200 bilhões nos próximos anos. Aos municípios, o custo estimado é de R$ 31 bi. Além disso, segundo a Folha, a proposta resgata benefícios já extintos na administração pública há mais de 20 anos. Por isso, foi apelidada de “contrarreforma da Previdência” por integrantes do governo Lula.

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Uma emenda constitucional aprovada em 2003, no primeiro mandato de Lula, pôs fim às chamadas integralidade direito — aposentadoria com o mesmo salário da ativa — e paridade — garantia de mesmo reajuste concedido aos servidores ativos.

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O relator da PEC, deputado Antonio Brito (BA), líder do PSD, afirma que o impacto será de R$ 5,5 bilhões até 2030, um valor bem inferior a outras estimativas. O cálculo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta impacto atuarial de R$ 31 bilhões no regime próprio de previdência dos municípios.

Alterações

A PEC flexibiliza as regras de aposentadoria dos agentes de saúde, que terão regras mais vantajosas até mesmo do que categorias como professores, prevê possibilidade de ampliar o valor de aposentadorias já concedidas e ainda determina que a União banque uma compensação financeira a estados e municípios para arcar com os custos dessas benesses. De acordo com o relatório, há 385 mil agentes em atividade no país.

A medida tem impacto para os estados, para os cerca de 2.100 municípios que possuem regimes próprios de previdência e também para o (Instituto Nacional do Seguro Social), ao qual estão filiados outros 3.600 municípios sem regime próprio.

Em outro, o texto prevê que agentes de saúde já aposentados poderão pedir a revisão do valor do benefício com base nas novas regras, fazendo jus à integralidade e à paridade, inclusive com direito ao benefício extraordinário.

Além disso, a proposta ainda proíbe contratação temporária ou terceirização desses agentes, a não ser em caso de emergência de saúde pública. A regularização dos vínculos deve acontecer até 31 de dezembro de 2028.



Fonte: A Tarde

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