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Seleção do Marrocos tem apenas seis jogadores nascidos no país

O Brasil já conhece seu primeiro passo rumo ao hexa – vencer a seleção de Marrocos, primeiro adversário na fase de grupos. No entanto, eles não são necessariamente marroquinos.

Na última Copa do Mundo, marcada pela campanha histórica que levou o Marrocos à semifinal pela primeira vez na história, entre os 23 convocados, apenas seis nasceram em território marroquino.

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No elenco, os demais cresceram em diferentes países, sendo oito na França, cinco na Holanda, dois na Espanha, um na Bélgica e um no Canadá, sem contar o treinador francês Hervé Renard.

Essa diversidade geográfica refletia diretamente no dia a dia do time. Renard costumava conduzir suas palestras pré-jogo em inglês e francês, mas nenhuma das duas é a língua oficial do Marrocos, onde se fala majoritariamente árabe.

Para garantir que todos compreendam suas orientações, o técnico contava com a ajuda do ex-meia Mustapha Hadji, ídolo da seleção na Copa de 1998 e membro da comissão técnica.

Como essa seleção foi construída

O projeto atual começou em 2014, quando a Federação Marroquina decidiu seguir o modelo da Argélia, que naquele ano avançou até as oitavas de final na Copa do Brasil com forte presença de atletas nascidos no exterior.

A partir daí, começou um trabalho sistemático para convencer jogadores com ascendência marroquina a representar o país.

Como o Marrocos possui uma grande diáspora espalhada pela Europa, por diversos fatores que vão desde o período colonial francês até a busca por trabalho em países como Espanha e Holanda, o apelo emocional tornou-se central nessa abordagem.

Marrocos na Copa de 2022 | Foto: Reprodução I X

Além disso, muitos jogadores descendentes de imigrantes enfrentam discriminação nos países onde nasceram, o que pode influenciar a escolha por representar o país de origem de seus pais.

A mistura de culturas, idiomas e experiências também gerou receio. Pessoas próximas a Hervé Renard chegaram a aconselhá-lo a recusar o cargo, acreditando que atletas nascidos na Holanda poderiam não se entrosar com os da França, algo que o próprio técnico desmentiu na prática.

Fato é que tudo deu certo. O Marrocos foi mais longe do que nunca na Copa, e volta com força total para encarar o Brasil em 2026, seja ou não o time marroquino de nascença.



Fonte: A Tarde

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