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Mais da metade dos brasileiros foram vítimas de golpes digitais em 2024

Mais da metade (51%) dos brasileiros foram vítimas de fraudes digitais, incluindo modalidades com o PIX. Um relatório produzido pela BioCatch, publicado nesta sexta-feira (5), mostra dados sobre golpes digitais no mundo todo. Houve um um aumento de 65% nos golpes relatados entre 2024 e 2025.

A CNN Brasil teve acesso aos dados em primeira mão.

O levantamento apontou a América Latina como a região com piores números: o volume de golpes aumentou seis vezes em um único ano.

A pesquisa revelou que apenas no Brasil, R$ 4,9 bilhões foram perdidos só no PIX em golpes digitais.

Na América Latina, os golpes mais comuns foram smishing, mensagens de texto (SMS) que induzem vítimas a clicar em links maliciosos ou compartilhar dados pessoais, e vishing, fraudes por telefone que pressionam vítimas a revelar informações sensíveis. 

Ainda sobre o Brasil, o levantamento mostrou que golpes via SMS aumentaram 14 vezes e deepfakes cresceram em 830%.

Dados de golpes globais

  • 14% de crescimento anual em golpes de compra
  • 100% de aumento em golpes de voz (vishing)
  • 63% de aumento em golpes de romance
  • 42% de aumento em golpes de investimento

A origem dos golpes

O relatório também expõe as chamadas “fábricas de fraude”. Existem cidades no Camboja com trabalhadores escravizados aplicando golpes 24h. E alerta que essa situação está chegando na América do Sul.

Uma das fundadoras do instituto, Erin West, visitou o Camboja e conta que encontrou cidades inteiras “transformadas em colônias penais dedicadas à fraude”.

O Camboja representa o crime organizado em escala transnacional e industrial. Não é mais uma operação
de bastidores ou algo que aconteça nas sombras.

Erin West, fundadora, Operation Shamrock

Segundo a pesquisa, muitos desses trabalhadores são vítimas de tráfico humano fundido com o crime organizado. Esses complexos transformaram partes do país em
centros de trabalho forçado que enganam pessoas em todo o mundo.

Ela ainda acrescenta que essas operações ocorrem abertamente, “com proteção e em expansão”.

 

*Sob supervisão de Thiago Félix 

Fonte: CNN BRASIL

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