(FOLHAPRESS) – Manuela Dias falou ao Fantástico, da Globo, a respeito das críticas que recebeu pela novela “Vale Tudo”, que ocupa a faixa das 21h da Globo até o próximo dia 18. A autora do remake contou que tenta não se abalar com os comentários negativos sobre a trama.
“Olha, ser roteirista, ainda mais de novela das nove, é lidar com críticas”, afirmou em entrevista a Poliana Abritta. “Eu procuro aprender com as críticas. Acho que isso é fundamental. E não é só sofrer as críticas. Com as críticas e com as dificuldades. Acho que a gente tem que sempre aprender.”
Dias comentou que lançou mão de todos os recursos que podia para fazer que o folhetim funcionasse. “Eu tentei a minha coreografia mais difícil, sabe? Eu não economizei em nada, dei tudo de mim”, disse. “E é assim mesmo, a gente tem que se arriscar. O importante é que eu sinto que todo mundo, o tempo todo, está tentando fazer o melhor e está dando o melhor de si, está tentando acertar. E isso é que fica.”
Sobre a morte da vilã Odete Roitman, marcada para o capítulo de segunda-feira (6), a roteirista disse que teve pena de escrever a cena por ter se afeiçoado à personagem. “Olha, eu também fiquei apaixonada na Odete, então… Realmente, deu dó”, confessou.
A personagem, vivida por Debora Bloch, foi um dos destaques do remake e mostrou traços diferentes dos mostrados na versão original, quando Beatriz Segall a eternizou como “vilã das vilãs”. A nova versão se mostrou mais fogosa, sempre cercada por namorados mais jovens.
“O nosso olhar público, o nosso olhar como sociedade, já não precisa ver essa mulher como uma perversa, porque ela é uma pessoa que ama, dona do seu corpo, que pode desejar, que é dona do seu desejo”, avaliou a autora. “E a Débora trouxe isso à máxima potência, né? Porque ela é uma atriz absurda e uma mulher incrível.”
Dias também falou das diversas possibilidades de final para a pergunta “quem matou Odete Roitman?”, que ela diz ser o que mais escuta nas ruas. Ela diz que a versão que irá ao só é conhecida por duas pessoas: ela própria e o diretor artístico da novela, Paulo Silvetrini.
“A gente gravou, no fundo, dez finais, né? Porque a gente gravou com os cinco suspeitos, matando e não matando”, revelou. “Até esse momento, nem os atores têm certeza de quem matou. Odete Roitman.”
A dramaturga, que planejou uma comemoração de aniversário “fora de época” para assistir ao último capítulo, disse que não vai ter um grande período de férias após o encerramento da novela. “Eu tenho um filme pra fazer. E provavelmente já tenho uma próxima novela das nove engatilhadíssima”, afirmou.
Fonte: Noticias ao Minuto