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Paralímpicos do Brasil: campeões da humanidade

Brasil encabeça o quadro de medalhas do Mundial paralímpico –

Superar as próprias limitações, de ordem física, psicológica ou outra qualquer, é um valor maior para o desportista em relação às conquistas, embora na contemporaneidade este mandamento olímpico original nem sempre seja lembrado.

Nos exemplos vitoriosos do domingo esportivo brasileiro, em ambas as perspectivas, o resultado mais visível é o quadro de medalhas no Mundial paralímpico de atletismo, realizado em Nova Déli, capital da Índia.

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São 44 pódios; 15 ouros, dois a mais sobre a vice China, segunda colocada geral; 20 pratas e nove bronzes, um tesouro compatível com o perfil de 99% da população habituada a enfrentar as adversidades cotidianas.

Foi inédita a participação do Brasil, sinalizando a hipótese da importância de maior apoio dos programas sociais e, em específico, a organização das equipes de treinadores e preparadores, tendo ao dispor os equipamentos necessários.

Nos exemplos vitoriosos do domingo esportivo brasileiro, há um tesouro compatível com 99% da população habituada a enfrentar adversidades.

O prefixo “para” nada tem de depreciativo, ao contrário, significa colocar-se em pé de igualdade com jogos olímpicos ditos “normais”; não é pequena sua importância pedagógica de educação não-formal.

Sabe-se o quanto tem crescido o “capacitismo” – discriminação contra pessoas portadoras de diferenças –, como vinha ocorrendo no Brasil até dezembro de 2022 e segue em escalada nos Estados Unidos, Argentina, Hungria, Polônia e Israel.

Heroínas e heróis do Brasil defendem com seus louros a existência de uma só humanidade, todas e todos com direitos e deveres, independentemente de alguma diferença de olhos, pernas, braços, antebraços, mãos e cérebros.

Dilui-se assim uma crença de 25 séculos, segundo a qual o reconhecimento de um órgão humano se dá pelo objetivo alcançado – o olho só seria olho se enxergar –; não, os campeões paralímpicos demonstram a superação da resistente teleologia.

Deficiência intelectual; baixa visão; amputações; membros inferiores incomuns; gente com prótese, competindo sentados; não importam as alterações, o Brasil liderado pela recordista Jerusa Geber representa todos e todas as criaturas.



Fonte: A Tarde

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