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Joesley Batista foi à Venezuela para pedir renúncia de Maduro, diz agência

O empresário Joesley Batista viajou para a Venezuela em 23 de novembro e se reuniu com o ditador do país, Nicolás Maduro, para pedir a renúncia dele, segundo uma reportagem da agência de notícias Bloomberg.

Conforme o site ADSB Exchange, que monitora dados de rastreamento de voos, a aeronave Bombardier Global 7500, partiu de São Paulo à meia-noite do domingo (23) e chegou em Caracas pela manhã.

Segundo a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil), o avião é registrado em nome da J&F Investimentos S.A., holding que pertencente à família Batista e controla a JBS, possui 19 assentos e tem capacidade para 15 passageiros.

O rastreador mostra que o Bombardier Global 7500, registrado com o número de série 70108, retornou para o Brasil no domingo (24) aterrissando em São Paulo.

Veja a rota da aeronave:

Rota da aeronave da J&F indo de São Paulo para a Venezuela • Reprodução/ADS-B Exchange

A Bloomberg afirma que autoridades do governo americano sabiam dos planos do empresário, de visitar Caracas e reforçar a mensagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas ele foi por iniciativa própria, sem ser convidado para viajar em nome de Washington, disseram fontes familiarizadas com a viagem.

“Sem comentários. Não confirmamos nenhuma das informações da matéria”, disse a J&F Investimentos S.A., em resposta ao pedido de comunicado da CNN Brasil.

“Joesley Batista não é representante de nenhum governo”, declarou a holding ao ser questionada se ele o empresário havia conversado com os presidentes Trump ou Lula ou recebido algum pedido ou ordem de algum deles.

Conversa entre Trump e Maduro

A reunião entre Batista e Maduro aconteceu dias após a conversa por telefone entre Trump e o venezuelano.

Durante a ligação, o americano tdeu um ultimato ao ditador, pedindo para ele deixar a Venezuela e ir para um destino de sua escolha, junto com seus familiares, até a sexta-feira (28). A informação foi apurada pela agência Reuters.

A viagem de Joesley seria mais um esforço para evitar uma escalada no conflito entre Caracas e Washington, enquanto a pressão sobre o regime de Maduro aumenta na região do Caribe e América Latina.

Pelo menos 22 ataques contra barcos que supostamente traficavam drogas no Caribe já ocorreram na região, deixando 83 mortos.

Trump tem repetido ameaças de estender as operações militares para a terra e designou o Cartel de los Soles, um grupo que o governo americano diz incluir Maduro, como uma organização terrorista estrangeira.

Maduro e o regime venezuelano sempre negaram todas as acusações criminais e dizem que os EUA estão buscando uma mudança de regime para assumir o controle dos vastos recursos naturais da Venezuela, incluindo o petróleo.

O líder chavista disse ao americano durante a ligação que estava disposto a deixar Caracas desde que ele e seus familiares tivessem anistia legal total, incluindo a remoção de todas as sanções dos EUA e o fim de um caso emblemático que ele enfrenta no Tribunal Penal Internacional, disseram três das fontes.

Os EUA aumentaram a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões e têm recompensas de US$ 25 milhões para outros altos funcionários do governo, incluindo o ministro do Interior Diosdado Cabello, que foram indiciados nos EUA por suposto tráfico de drogas, entre outros crimes. Todos negam as acusações.

O regime de Maduro solicitou outra ligação com Trump, conforme três fontes.

Fonte: CNN BRASIL

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