A Bahia registrou o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol no estado em 2025. Conforme anunciado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o paciente, um homem de 56 anos, foi internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Queimadinha, em Feira de Santana, no domingo, 28, e faleceu na madrugada desta sexta-feira, 3.
No entanto, esta não é a primeira vez que o estado registra casos de contaminação. Um dos episódios mais emblemáticos de mortes por intoxicação causada por bebidas adulteradas com metanol no Brasil ocorreu justamente na Bahia. Em 1999, 35 pessoas morreram em 10 cidades do estado após ingerirem cachaça contaminada com etanol.
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Além dos óbitos após o consumo da substância, cerca de 400 pessoas apresentaram sintomas de intoxicação. Os casos foram registrados em dez municípios baianos, entre eles:
- Nova Canaã
- Dário Meira
- Ibicuí
- Poções
- Itiruçu
Segundo documentos da Polícia Técnico-Científica do Instituto Médico Legal da Bahia, na época, as análises de amostras de bebidas e de sangue de pessoas intoxicadas mostraram que a quantidade de metanol variava entre 2,85 e 20 ml a cada 100 ml de álcool. Autoridades baianas classificaram o caso como adulteração criminosa.
Caso em Feira de Santana
O homem de 56 anos morreu na madrugada desta sexta-feira, 3, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Queimadinha, em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. O caso foi confirmado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
Ainda segundo a Sesab, amostras serão coletadas e encaminhadas para análise laboratorial, com resultado previsto em até sete dias, para confirmar ou descartar a hipótese de intoxicação por metanol.
A pasta já havia emitido orientação às unidades de saúde da rede privada e às portas de urgência e emergência da rede pública para que estejam atentas a possíveis situações clínicas compatíveis com intoxicação por metanol e que quaisquer notificações sejam imediatamente comunicadas, possibilitando rápida investigação e adoção das medidas necessárias.
O caso será acompanhado pelas equipes de vigilância do estado e do município, em articulação com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia, reforçando a integração das ações de monitoramento e investigação.
Fonte: A Tarde