Ex-prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, terá de devolver valor milionário após contas reprovadas –
A situação das estradas vicinais da zona rural de Ilhéus continua crítica, mesmo após um convênio firmado em 2022 com a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), que previa a recuperação emergencial das vias para garantir o escoamento da produção agropecuária.
Contas rejeitadas: TCE multa ex-prefeito de Ilhéus
De acordo com o Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE), o ex-prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre (PSD), não executou as melhorias previstas no acordo, tampouco apresentou justificativas adequadas para a destinação dos recursos públicos recebidos. A falha levou o órgão a desaprovar por unanimidade as contas referentes ao convênio, além de multar o gestor em R$ 2 mil.
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O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) negou um recurso anterior de Marão, como é conhecido, mantendo a determinação de ressarcimento aos cofres municipais de R$ 1.656.585,98 em recursos pessoais. Este valor robusto é referente ao sobrepreço apurado em despesas com superfaturamento na limpeza pública e licitações de obras no exercício de 2017.
Segundo técnicos do TCE, a não aplicação dos valores comprometeu “a satisfação do interesse público que motivou a celebração do convênio”, deixando comunidades rurais em situação de isolamento, já que muitas localidades dependem dessas estradas para transportar mercadorias e acessar serviços básicos.
Gargalo histórico: 1.200 km de isolamento rural
A extensão das vias vicinais de Ilhéus chega a 1.200 km, e a precariedade no acesso tem sido um gargalo histórico para os agricultores e moradores da região.
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Procurado, o ex-prefeito afirmou que não houve execução porque os recursos teriam sido devolvidos, já que o valor de cerca de R$ 120 mil não seria suficiente para uma intervenção relevante diante da dimensão do problema.
Produtores rurais prejudicados e acesso precário
Enquanto isso, produtores rurais seguem enfrentando dificuldades para transportar a colheita e moradores continuam com acesso precário a serviços essenciais, reforçando o peso das decisões administrativas sobre a vida da população.
Fonte: A Tarde